Dra. Camila Lobo Especialista em Dor

dor crônica

O Papel dos Antidepressivos no Tratamento da Dor Crônica

Compreendendo a Relação entre Dor e Depressão

Hoje, gostaria de abordar um tema relevante para muitos de vocês que sofrem com dor crônica: o uso de antidepressivos no tratamento desse quadro doloroso.

Quando vou prescrever um antidepressivo ao meu paciente, eu gasto tempo da minha consulta, explicando quais os motivos, para que o meu paciente não tenha o errado pensamento de que estou passando um antidepressivo por achar que a dor vem da cabeça dele (Sim, eu já escutei isso em consulta!)

A dor crônica está completamente relacionada à tristeza e ansiedade. Tanto no sentido de que quanto mais tempo convivendo com a dor, com o sofrimento físico e emocional gerado… mais depressivo, mais irritado, mais ansioso a pessoa vai ficando…e isso é natural! [E aí vai se tornando uma bola de neve, a dor crônica levando à depressão e a depressão piorando a dor crônica.]

Mas o que eu quero falar hoje para vocês é que as vias que transmitem a depressão, a ansiedade, o estresse… estão completamente relacionadas às vias que transmitem a dor.

Quem não conhece alguém da família (ou até você mesmo) que quando passa por períodos de muitos problemas parece que toda dor piora? E que quando tá mais feliz, às vezes até viajando, a dor melhora ?

E quem não tem alguém da família pra julgar dizendo: “Tá vendo? Isso é frescura!”

Não, isso não faz a dor ser frescura!

Isso não faz a dor ser inventada!

Isso é fisiológico! A química, os hormônios envolvidos na transmissão da dor explicam isso!

Assim como também explicam o uso de antidepressivos no auxílio do manejo da dor!  Ao passar um antidepressivo para dor, muitas vezes, nosso maior objetivo, na verdade, é reduzir a sensibilização daquele paciente… que por longos períodos convivendo com a dor, fez com que o corpo dele acostumasse a mandar mensagens de dor para o cérebro de uma maneira muito mais fácil!

Então a gente pode passar antidepressivos para tratar dor, mesmo em casos aonde o paciente não tem depressão! E isso é muito importante ficar claro na consulta!

Mas vamos mergulhar de uma maneira mais detalhada nesse assunto….

Vias fisiológicas envolvidas na transmissão da dor e da depressão:

  1. Neurotransmissores: Tanto a dor crônica quanto a depressão estão associadas a alterações nos níveis de neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Essas substâncias químicas têm um papel crucial na modulação do humor e da sensação de dor.
  2. Sistema Nervoso Central: A dor crônica pode levar à uma sensibilização do sistema nervoso central, resultando em uma percepção amplificada da dor. Essa sensibilização também pode afetar áreas cerebrais associadas às emoções, aumentando o risco de desenvolver quadros depressivos.
  3. Resposta ao estresse: Ambos os estados, dor crônica e depressão, estão associados ao aumento da resposta do organismo ao estresse. Isso pode levar à liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, que afetam negativamente o humor e podem contribuir para um ciclo de dor e sofrimento emocional.

O papel dos antidepressivos no tratamento da dor crônica:

Os antidepressivos, além de serem medicamentos amplamente utilizados para o tratamento da depressão, também têm demonstrado eficácia no alívio da dor crônica. Isso se deve, em grande parte, à sua capacidade de modular os neurotransmissores e a atividade do sistema nervoso central, ajudando a reduzir a percepção da dor e, por vezes, o sofrimento emocional que pode estar associado.

A dor crônica e a depressão estão interligadas de maneiras complexas, mas é possível encontrar alívio e melhor qualidade de vida com o tratamento adequado!

Lembre-se sempre de buscar o auxílio de um profissional de saúde para avaliar sua condição individual e determinar o melhor plano terapêutico para você.

Cuidar da sua saúde é minha prioridade, e estou aqui para ajudá-los em todas as etapas do tratamento.

Com Carinho,

Dra Camila Lobo, médica Especialista em Dor

Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

Dra. Camila Lobo

Especialista em Dor

Médica Intervencionista em Dor atuando nos melhores centros médicos de São Paulo e, atualmente, também em Belém.
Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
Dra Camila está constantemente contribuindo com palestras, congressos e publicações em livros e artigos.
Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

Dra. Camila Lobo

Especialista em Dor

Médica Intervencionista em Dor atuando nos melhores centros médicos de São Paulo e, atualmente, também em Belém.
Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
Dra Camila está constantemente contribuindo com palestras, congressos e publicações em livros e artigos.
Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

Local de atendimento

Oferecemos uma infraestrutura moderna e confortável para lhe receber.

Relato de pacientes

plugins premium WordPress