Dra. Camila Lobo Especialista em Dor

O que é Eletrodo Medular e como Alivia a Dor Crônica?

Estimulação medular é uma técnica de neuromodulação usada em pacientes com dores crônicas que não respondem bem ao tratamento clínico isolado.

Um gerador implantável envia impulsos elétricos à medula espinhal por meio de fios posicionados perto das vias que transmitem sensação. O objetivo é modular sinais no corno posterior e no trato espinotalâmico, reduzindo a percepção dolorosa.

O sistema evoluiu desde os anos 1960 e hoje conta com modos avançados como HF10, BurstDR e DTM-SCS. Marcas disponíveis no Brasil incluem Medtronic, Abbott (St. Jude), Boston Scientific e StimWave.

O procedimento começa com um teste temporário e, se eficaz, segue para implante definitivo. A equipe de neurocirurgia e o médico ajustam os parâmetros para melhorar a qualidade de vida do paciente.

Se já tentou outras opções sem sucesso, agende uma avaliação com a Dra. Camila Lobo especialista em dor: Agende agora.

Principais conclusões

  • A estimulação medular oferece alternativa para quem tem dores persistentes.
  • O sistema usa um gerador e fios próximos à medula espinhal.
  • Existem modalidades sem parestesia, como HF10.
  • Marcas reconhecidas atuam no Brasil com suporte técnico.
  • Teste temporário ajuda a avaliar resposta antes do implante definitivo.
  • A seleção cuidadosa do paciente aumenta as chances de sucesso.

Eletrodo Medular: O que é, para que serve e como pode aliviar a dor crônica?

Sinais elétricos calibrados recrutam fibras sensoriais que atenuam mensagens nocivas rumo ao cérebro. Essa intervenção médica é uma forma de neuromodulação destinada a ajustar a atividade de neurônios e fibras da medula espinhal, reduzindo a percepção de dor.

O sistema aplica estímulos precisos no espaço epidural, perto do trato espinotalâmico, modulando a transmissão do sinal doloroso ao córtex. A lógica básica segue a teoria das comportas de Melzack e Wall: sinais não dolorosos “fecham” o caminho para sinais nocivos.

Além da teoria das comportas, há evidências de aumento da transmissão GABAérgica no corno dorsal e de melhora na microcirculação local, mecanismos que favorecem analgesia sustentada. Modalidades modernas incluem HF10 (10 kHz, sem parestesia), BurstDR, DTM-SCS e alta densidade.

Alguns pacientes relatam formigamento suave substituindo a dor; outros não percebem sensação, embora a redução ocorra. O sistema permite combinar polos, ajustar frequência, largura de pulso e intensidade, personalizando o tratamento segundo o perfil do paciente.

Quer saber qual técnica é mais indicada? Agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo especialista em dor: marque sua avaliação. Para mais informações técnicas, leia nossas curiosidades sobre o estimulador medular.

Indicações clínicas: quando considerar a estimulação medular

Quando a dor neuropática limita atividades e não melhora com medicamentos e reabilitação, a estimulação torna‑se uma alternativa. O candidato ideal tem impacto funcional claro e avaliação multidisciplinar.

Dor neuropática refratária

Principais casos: síndrome de dor regional complexa (SDRC), neuropatia diabética periférica e radiculopatia crônica com irradiação. Nesses quadros, a resposta costuma ser mais consistente, especialmente nas neuropatias periféricas.

Condições selecionadas da coluna e região axial

Em síndrome pós‑laminectomia (FBSS) e dores axiais lombares ou cervicais, a técnica e a posição do sistema são ajustadas conforme o padrão de irradiação. Resultados variam por diagnóstico.

Casos especiais

Também se considera a estimulação em dor vascular de membros inferiores, angina refratária acompanhada por cardiologia e dor pélvica crônica, incluindo cistite intersticial.

“A decisão é individualizada: histórico, topografia e exames guiam a indicação.”

Para saber se seu caso se enquadra, agende uma consulta agora mesmo com a Dra. Camila Lobo especialista em dor: marque sua avaliação.

Avaliação do paciente e critérios de elegibilidade

A seleção começa com entrevista clínica e revisão completa do histórico. O profissional registra tempo de sintomas, padrões neuropáticos e tratamentos já tentados.

História clínica, exame físico e alinhamento de expectativas

O exame físico orienta a região alvo e diferencia comprometimentos periféricos de causas centrais. Testes neurológicos simples avaliam sensibilidade e força.

Alinhar expectativas é essencial: o objetivo é reduzir sinais e melhorar função, não garantir eliminação total. Discussões claras sobre benefícios e limitações ajudam a prever a resposta.

Exames de apoio: eletroneuromiografia, termografia e imagem

Exames complementares confirmam achados clínicos. A eletroneuromiografia analisa função dos nervos periféricos; a termografia correlaciona perfusão e disfunção neural.

A ressonância de coluna ou encéfalo exclui lesões centrais menos responsivas. Em centros avançados, o posicionamento do sistema é otimizado com monitorização neurofisiológica.

  • Critérios práticos: investigação minuciosa, ausência de contraindicações médicas e compreensão do trial como etapa decisiva.
  • Considerações: comorbidades, distúrbios de coagulação e riscos anestésicos podem adiar o procedimento.

Para uma avaliação estruturada e personalizada, agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo especialista em dor: marque sua avaliação. Consulte também a diretriz técnica disponível em orientação profissional.

Do teste ao implante definitivo: como é o procedimento

Antes do implante definitivo, realiza‑se um período de avaliação com gerador externo para confirmar benefício. Na prática, um fio fica exteriorizado e ligado a uma bateria externa por 72 horas a 7 dias, tempo em que o paciente registra resposta nas atividades diárias.

Fase de teste (trial)

O trial permite avaliar resposta funcional e ajustar parâmetros sem cirurgia maior. Em alguns países, esse período pode estender-se até 30 dias.

Técnicas de implante

Existem duas formas: percutânea, por agulha sob raio‑X, com menor invasão e maior risco de migração; e aberta minimamente invasiva, com placa epidural mais estável e melhor controle de posição.

Anestesia, tempo cirúrgico e internação

A cirurgia varia entre ~40 minutos e 2–3 horas. Pode usar sedação, anestesia local ou geral. A internação costuma ser curta e sem necessidade de UTI na maioria dos casos.

Marcas, modelos e ressonância

No Brasil há sistemas de Medtronic, Abbott (St. Jude), Boston Scientific e StimWave. Algumas combinações são compatíveis com ressonância magnética; confirme todos os componentes antes do exame.

Quer entender qual técnica é mais indicada para seu caso? Agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo: marque aqui. Veja também informações técnicas no nosso guia sobre o tema.

Pós-operatório, programação do estímulo e vida com o dispositivo

Após alta, a atenção volta-se à calibração do sistema e à rotina de uso pelo paciente. A equipe realiza consultas seriadas para ajustar polos, frequência, largura de pulso e intensidade até equilibrar alívio e conforto.

Programação personalizada

Telemetria permite modificar parâmetros sem cirurgia. O paciente recebe um controle para alternar programas e regular intensidade no dia a dia.

Sistemas com sensores adaptam a estimulação de acordo com a posição corporal, melhorando conforto durante atividades.

Bateria, recarga e trocas

Baterias não recarregáveis duram em média 2–7 anos. Modelos recarregáveis variam entre 4–10+ anos, dependendo do uso e dos parâmetros.

A recarga é feita por bobina externa apoiada sobre a pele, geralmente em sessões de cerca de duas horas.

  • A troca do gerador leva ~30 minutos e frequentemente mantém o eletrodo previamente implantado.
  • A equipe monitora sinais cutâneos no local do implante e ajusta programas conforme necessidade.
  • O objetivo é dar autonomia ao paciente e melhorar a qualidade vida de forma estável e segura.
ItemDescriçãoExpectativa temporalAção do paciente
ProgramaçãoPolos, frequência, largura de pulso e intensidadeSemanas a mesesRetornar para ajustes
Bateria não recarregávelSubstituição cirúrgica quando esgota2–7 anosMonitorar status e agendar troca
Bateria recarregávelRecarga externa por bobina4–10+ anosCarregar em casa ~2h conforme rotina
Troca do geradorProcedimento curto, mantêm-se os fios~30 minutosPlanejar com equipe e realizar sob orientação

Para organizar sua programação pós-operatória e esclarecer retornos, exercícios e cuidados com a pele no local, agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo: https://form.respondi.app/IUmkgEkg.

Eficácia, benefícios e riscos do tratamento

Estudos clínicos apontam que, com seleção rigorosa, muitos pacientes alcançam alívio significativo após o implante. Dados consolidados mostram eficácia entre 50% e 70% quando há teste prévio e escolha adequada da condição.

Taxas de resposta, redução de analgésicos e melhora da qualidade de vida

Muitos relatam redução do uso de analgésicos, inclusive opioides, e melhor desempenho nas tarefas diárias. Há ganho claro na qualidade do sono e no retorno ao trabalho.

  • Resposta clínica: 50–70% com seleção criteriosa e trial.
  • Melhora funcional: menos medicação e rotina mais ativa.
  • Durabilidade: benefício depende de acompanhamento e reprogramações.

Perfil de riscos: complicações incluem infecção (3–5%), hematomas, perfuração de dura em técnicas percutâneas e lesão neurológica rara.

Falhas de hardware também ocorrem: migração de eletrodo, fratura de cabo, falha de gerador e alta impedância. Dor no sítio do gerador aparece em 14–43% e costuma ser manejável.

Em ambientes com campos magnéticos intensos, siga orientações do fabricante: porte o cartão do dispositivo e confirme compatibilidade com RM.

Decisão compartilhada entre equipe e paciente, com suporte de neurocirurgia funcional, é essencial. Para discutir sua condição e estimar resposta, agende com a Dra. Camila Lobo: marque sua consulta ou leia nossos resultados clínicos.

Conclusão

A estimulação medular moderna oferece uma opção reversível e personalizada para pacientes com dores resistentes. Tecnologias como HF10, BurstDR e DTM‑SCS e marcas reconhecidas ampliam alternativas terapêuticas.

O sucesso depende de avaliação rigorosa, teste prévio (trial) e programação contínua pelo time de neurocirurgia e dor. Compatibilidade com ressonância deve ser verificada em todo o conjunto do sistema.

Em muitos casos há redução de medicação e clara melhora na qualidade vida. A decisão por cirurgia precisa ser informada e planejada, mantendo a segurança e preservando futuras opções.

Para avançar com segurança e clareza, agende uma avaliação com a Dra. Camila Lobo: https://form.respondi.app/IUmkgEkg.

FAQ

O que é estimulação medular e como funciona?

Estimulação medular é uma técnica de neuromodulação que usa impulsos elétricos aplicados próximo à medula espinhal para alterar a transmissão da sensação de dor. Os estímulos interferem em vias como o trato espinotalâmico e podem ativar mecanismos inibitórios, reduzindo a percepção dolorosa e melhorando função e qualidade de vida.

Quem pode ser candidato a esse tratamento?

Candidatos geralmente são adultos com dor neuropática refratária a tratamentos conservadores. Indicações comuns incluem síndrome de dor regional complexa (SDRC), neuropatia diabética, radiculopatia crônica, falha de laminectomia e dores axiais selecionadas. A avaliação considera história clínica, exame físico e alinhamento de expectativas.

Quais exames ajudam na seleção do paciente?

Exames de apoio incluem eletroneuromiografia para avaliar função nervosa, imagem da coluna (RM ou tomografia) para anatomia e, em casos específicos, termografia. Esses testes complementam a avaliação clínica e ajudam a identificar condições que favoreçam melhor resposta.

Como é a fase de teste (trial) e por quanto tempo dura?

A fase de teste consiste na colocação temporária de um eletrodo com fio exteriorizado. A resposta é monitorada por 72 horas a 7 dias, período em que se avalia redução da dor, melhora funcional e tolerância ao estímulo antes do implante definitivo.

Quais são as opções de implante e diferenças técnicas?

Há técnicas percutâneas, menos invasivas, e abordagens abertas minimamente invasivas quando é necessário fixar o eletrodo. A escolha depende da anatomia, objetivo do tratamento e experiência do neurocirurgião funcional.

O procedimento exige internação e que tipo de anestesia?

O implante costuma ser feito com sedação e anestesia local ou raquidiana, dependendo da técnica. Tempo cirúrgico é variável; muitos pacientes recebem alta no mesmo dia ou após breve observação hospitalar.

Quais marcas e modelos estão disponíveis no Brasil e há compatibilidade com ressonância magnética?

Existem vários sistemas comercializados no país, com opções recarregáveis e não recarregáveis. A compatibilidade com ressonância magnética varia por modelo; é fundamental confirmar o sistema específico junto ao fabricante e equipe clínica antes de realizar exames.

Como é feita a programação do estímulo após o implante?

A programação é personalizada: seleção de polos, frequência, largura de pulso e intensidade para otimizar cobertura da região dolorosa. Ajustes são feitos em consultas para maximizar alívio e minimizar efeitos indesejados.

Quanto dura a bateria e o que esperar sobre recargas e trocas?

Sistemas recarregáveis podem durar muitos anos e requerem recargas periódicas; modelos não recarregáveis têm vida limitada e podem exigir troca cirúrgica ao término. Vida útil depende do uso, parâmetros programados e tecnologia do aparelho.

Quais são os benefícios comprovados desse tratamento?

Estudos mostram taxas significativas de resposta em dores neuropáticas refratárias, redução do uso de analgésicos, melhora do sono e da função diária, e aumento da qualidade de vida em pacientes selecionados.

Quais riscos e complicações devo considerar?

Riscos incluem infecção, deslocamento ou fratura do eletrodo, dor no local de implante, falha do equipamento e reações ao procedimento. Complicações maiores são raras, mas possíveis. Avaliação prévia e seguimento reduzem riscos.

Como saber se terei boa resposta ao estímulo?

A fase de teste é o melhor preditor de resposta. Pacientes que experimentam redução substancial da dor e melhoria funcional durante o trial têm maior probabilidade de sucesso com o implante definitivo.

Existem limitações para pacientes com condições clínicas específicas?

Algumas condições, como infecções ativas, distúrbios de coagulação não controlados ou certos problemas psiquiátricos, podem contraindicar o procedimento. A equipe multidisciplinar avalia riscos e benefícios caso a caso.

O tratamento impede cirurgias futuras na coluna?

O implante pode coexistir com outras intervenções, mas a presença do sistema exige planejamento em procedimentos subsequentes. Discussões entre neurocirurgião, radiologista e equipe são essenciais antes de qualquer nova cirurgia.

Como é o acompanhamento após o implante definitivo?

Seguimento inclui visitas regulares para ajustar programação, monitorar integridade do sistema e tratar eventuais efeitos adversos. Reabilitação e suporte multidisciplinar melhoram os resultados a longo prazo.
Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

Dra. Camila Lobo

Especialista em Dor

Médica Intervencionista em Dor atuando nos melhores centros médicos de São Paulo e, atualmente, também em Belém.
Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
Dra Camila está constantemente contribuindo com palestras, congressos e publicações em livros e artigos.
Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

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Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
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Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

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