Dra. Camila Lobo Especialista em Dor

Implante de Eletrodo Medular: O que você precisa saber como paciente

Estimulação medular é uma terapia de neuromodulação indicada quando a dor crônica limita a vida. O sistema inclui um gerador implantável conectado a eletrodos e programação personalizada.

Este texto explica, de forma clara e baseada em evidências, como o tratamento funciona, quem pode se beneficiar e quais etapas envolvem o acesso com segurança. Há uma fase de teste antes do procedimento definitivo.

O objetivo é orientar pacientes, familiares e cuidadores sobre indicações, benefícios e possíveis riscos. A programação permite ajustar polos, frequência e intensidade conforme a rotina e padrões de dor.

Médicos experientes avaliam cada caso de forma individual. O dispositivo é reversível e pode ser reprogramado ao longo do tempo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida.

Se desejar uma avaliação especializada, agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo, especialista em dor: Agende agora. Daremos apoio em cada passo rumo ao alívio.

Principais conclusões

  • Estimulação medular é opção para dor neuropática refratária.
  • O sistema tem gerador, eletrodos e programação ajustável.
  • Existe fase de teste antes do procedimento definitivo.
  • O tratamento é reversível e personalizável.
  • Conversar com médicos experientes facilita o acesso seguro.

Visão geral: o que é o implante de eletrodo medular e para quem ele é indicado

A estimulação da medula espinhal é uma terapia por neuromodulação que usa gerador e eletrodos posicionados no espaço epidural para regular a transmissão do sinal de dor. O objetivo é reduzir a intensidade da dor e restaurar função, sem necessidade de lesar estruturas nervosas.

Indicações clássicas incluem dor neuropática refratária como Síndrome Pós-Laminectomia (FBSS), Síndrome de Dor Regional Complexa (CRPS), radiculopatia crônica e neuropatia diabética. Em casos selecionados, há uso em dor vascular de membros inferiores e angina refratária.

A escolha do tratamento exige avaliação minuciosa pelo médico. Um teste prévio com gerador externo aumenta as taxas de sucesso, que variam entre 50% e 70% quando há seleção criteriosa do caso.

  • Como funciona: a estimulação modula os sinais na medula espinhal, não “desliga” o nervo periférico, e pode usar modos tônicos ou sem parestesia (HF10, BurstDR, DTM-SCS).
  • Expectativa: redução da dor, melhora da atividade diária e ajuste contínuo conforme necessidade.
  • Tecnologia: fabricantes consolidados, como Boston Scientific, oferecem opções adaptadas a diferentes perfis de dor.

Implante de Eletrodo Medular: Um guia completo para pacientes.

Aqui o leitor encontrará orientações claras sobre cada etapa do percurso clínico. O foco é explicar a avaliação, o trial e o seguimento com linguagem acessível e objetiva.

Agende sua avaliação com especialista em dor

A avaliação inicial inclui revisão do histórico de dor, tratamentos prévios e exames de imagem. Médicos e equipe analisam comorbidades, medicamentos e metas de vida para definir indicações e risco-benefício.

A fase de teste (trial) usa estimulador externo por alguns dias. Esse período ajuda a estimar resposta antes do implante definitivo e reduz incertezas.

  • Leve relatórios de procedimentos anteriores e imagens da coluna.
  • A equipe explicará tecnologias e opções de programação, incluindo marcas como Boston Scientific.
  • Será elaborado um plano individualizado que considere rotina, trabalho e apoio familiar.
EtapaObjetivoDocumentos úteis
Avaliação inicialDeterminar elegibilidade e expectativasRelatórios clínicos, exames por imagem, lista de medicamentos
TrialTestar benefício com estimulador externoRegistro de alívio de dor, diário de atividades
SeguimentoAjustes de programação e reabilitaçãoPlanos de reabilitação, contato com equipe clínica

Agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo para esclarecer seu caso e planejar o melhor caminho rumo ao alívio: https://form.respondi.app/IUmkgEkg.

Como funciona a estimulação da medula espinhal no corpo

A estimulação altera sinais na medula espinhal para reduzir a sensação dolorosa e melhorar a função. Ela age recrutando fibras aferentes que “fecham a porta” dos sinais nociceptivos, conforme a teoria das comportas de Melzack e Wall.

Teoria das comportas, vias GABAérgicas e modulação

No corno posterior, a estimulação ativa vias GABAérgicas que inibem transmissão de dor. Isso diminui a resposta periférica e altera redes cerebrais que interpretam o desconforto.

Além da ação neural, existem mudanças microvasculares e modulação de centros superiores que colaboram para o alívio.

Modos de estimulação

Há opções com e sem parestesia. O modo tônico produz sensação controlada; BurstDR e HF10 (10.000 Hz) oferecem alívio sem parestesia. DTM-SCS tem enfoque glial e high dose aumenta a densidade de carga para melhor cobertura.

O sistema: gerador, eletrodo e programação

O sistema combina gerador e pelo menos um eletrodo, com ajustes de polaridade, largura de pulso, frequência e intensidade.

“A personalização contínua, por meio de testes e feedback, é essencial para otimizar resultados.”

Essa programação permite adaptar o tratamento a padrões de dor axial ou irradiada e acompanhar variações ao longo do dia.

  • Funcionamento fisiológico: modulação periférica e central.
  • Modos clínicos: tônico vs. sem parestesia (BurstDR, HF10, DTM-SCS).
  • Sistema configurável: parâmetros ajustados pelo médico.

Evolução histórica da neuromodulação e do “marca-passo neurológico”

A trajetória da neuromodulação começa cedo: relatos contam o uso do peixe elétrico do Nilo para alívio da dor. Nas décadas, a prática empírica deu lugar a engenharia e ciência clínica.

Nos anos 40 surgiram os primeiros marcapassos cardíacos. Esse avanço em baterias e eletrônica abriu caminho para aplicar corrente na medula espinhal.

Na prática clínica, o conceito de “marca-passo neurológico” ganhou força a partir dos anos 80. Sistemas com geradores programáveis e eletrodos moldáveis permitiram tratamento seguro e ajuste fino do funcionamento.

Fabricantes ampliaram opções: hoje há modelos com muitos polos que melhoram a cobertura. A Boston Scientific, por exemplo, oferece eletrodos com até 32 polos.

Centros acadêmicos e líderes clínicos, como o Dr. Bernardo de Monaco, padronizaram técnica e ensino. Adoção de anestesia geral, com monitorização neurofisiológica, trouxe mais precisão na cirurgia.

  • Do uso empírico à engenharia sofisticada.
  • Evolução de baterias, eletrodos e geradores programáveis.
  • Integração com estimulação cerebral e neurocirurgia funcional.

Seleção do paciente e etapa de teste (trial) antes do implante definitivo

Antes do procedimento definitivo, faz-se triagem clínica e psicossocial. Isso garante que os candidatos certos recebam a terapia adequada no momento adequado. Avalia-se história, expectativas, exames e fatores que possam interferir na resposta.

O teste pode ser feito intraoperatório com estimulador externo ou por alguns dias com extensores ligados a um gerador externo. Em alguns países o mínimo é 30 dias; no Brasil há eletrodos descartáveis de teste, com menor custo e logística mais simples.

Teste e monitorização

Durante o trial o médico posiciona o eletrodo, conecta o sistema externo e ajusta parâmetros. A monitorização neurofisiológica ajuda no posicionamento quando a cirurgia ocorre sob anestesia geral.

Critérios de sucesso

  • Redução significativa da dor e melhora do sono.
  • Aumento da mobilidade e atividade diária.
  • Feedback consistente do paciente sobre áreas cobertas pela estimulação.

O objetivo é reduzir incertezas: o registro de sintomas e atividades orienta a decisão pelo implante definitivo. Comunicação ativa com a equipe durante o período de teste é essencial para segurança e personalização do plano.

Cirurgia de implante: técnicas, anestesia e tempo de procedimento

O procedimento cirúrgico tem opções técnicas que influenciam tempo, risco e resultado. A escolha do caminho é individualizada, baseada no caso, na anatomia e no padrão de dor.

Acesso percutâneo: vantagens, limitações e risco de migração

A via percutânea usa um eletrodo tubular guiado por fio durante punção. É menos invasiva e costuma demandar menor tempo em sala.

Limitações: cobertura insuficiente para dor axial e maior risco de migração do material. Equipes experientes reduzem esse risco com fixações e posicionamento correto.

Técnica aberta minimamente invasiva com monitorização neurofisiológica

A técnica aberta minimamente invasiva posiciona eletrodos em placa, com maior estabilidade e precisão.

Pode ser realizada com anestesia local e sedação ou com anestesia geral, associada à monitorização neurofisiológica para otimizar localização e conforto.

Duração, anestesia local ou geral e recuperação inicial

O tempo operatório típico varia entre 40 e 120 minutos, conforme a técnica e o caso. No centro cirúrgico o fluxo inclui triagem, cirurgia e período de observação antes da alta.

Na recuperação inicial a dor pós-operatória costuma ser moderada e controlável com analgésicos. Recomenda-se limitar movimentos amplos nas primeiras semanas e manter curativo seco.

  • Comparação rápida: percutâneo = menos invasivo, maior risco de migração; aberto minimamente invasivo = mais estável, melhor para dor axial.
  • Sinais de alerta: febre, aumento da dor, secreção no curativo ou perda súbita de eficácia — comunicar a equipe médica imediatamente.
  • Etapas chave: incisão, posicionamento do eletrodo, testes intraop, tunelização do cabo e acoplamento ao gerador.

“A decisão pela técnica considera objetivo terapêutico, anatomia e segurança do paciente.”

Modelos de eletrodos e suas aplicações clínicas

Modelos variam em forma, número de polos e fixação. A escolha impacta cobertura, estabilidade e resultados no alívio da dor.

Eletrodos em placa incluem configurações 2×8, 5‑6‑5 (tripolar) e pentapolar. Há opções com até 32 polos, como oferecidas pela Boston Scientific, que ampliam combinações de programação.

  • Placa (múltiplas linhas): favorece cobertura de dor axial e maior resistência à migração.
  • Tubular (percutâneo): é versátil e menos invasivo, mas tem risco maior de deslocamento.
  • Exemplo prático: S8 Lamitrode (Abbott – St. Jude) permite inserção percutânea com aplicador Epiducer.

Configurações com muitos polos permitem estratégias tônicas, salvas, HF10 e DTM‑SCS. A opção ideal considera topografia da dor, anatomia e experiência da equipe cirúrgica.

“A seleção técnica busca equilibrar eficácia, segurança e praticidade no uso diário.”

Em resumo: a decisão pelo implante eletrodo é individualizada. A combinação correta entre modelo e programação maximiza a cobertura e reduz riscos, sem atuar diretamente no nervo periférico.

Marcas disponíveis no Brasil e suporte ao paciente

Conhecer quem atua no país ajuda a escolher soluções com acompanhamento técnico e clínico ao longo dos anos.

Medtronic, Abbott (St. Jude), Boston Scientific e StimWave

No Brasil atuam quatro empresas consolidadas: Medtronic, Abbott (St. Jude), Boston Scientific e StimWave. Todas oferecem garantia, treinamento para médicos e canais de suporte ao usuário.

Escolher uma marca envolve avaliar disponibilidade, programas de seguimento e o perfil clínico do indivíduo. Algumas linhas incluem eletrodo de alta contagem de polos, útil em casos complexos como neuropatia diabética.

  • Suporte vitalício: essencial para manutenção do aparelho e eventuais trocas do gerador.
  • Compatibilidade: muitos fabricantes permitem manter o eletrodo ao trocar o implante gerador por meio de adaptadores.
  • Ressonância magnética: verifique sempre as condições do conjunto antes de agendar o exame.
MarcaSuporteDestaque técnico
MedtronicAssistência nacional, treinamento clínicoVariedade de geradores e protocolos RM
Abbott (St. Jude)Programas de seguimento e suporte ao usoOpções para cobertura segmentar
Boston ScientificSuporte técnico e equipes locaisPortfólio com eletrodos de alta contagem de polos
StimWaveAssistência técnica e orientação pós-procedimentoTecidos de plataforma sem fio em opções específicas

Peça sempre documentação do dispositivo, canais de contato e esclareça com o Dr. responsável sobre prós e contras operacionais, recarga e acompanhamento antes do procedimento.

Compatibilidade com ressonância magnética e outros exames de imagem

Antes de realizar uma ressonância magnética, confirme se todo o conjunto do dispositivo é compatível com o exame. A segurança depende do gerador, do eletrodo e de eventuais extensões, além dos parâmetros específicos do fabricante.

Condições para RNM segura

Marcas têm linhas com aprovação para RM; a Medtronic foi pioneira nesse campo. A Abbott disponibiliza o modelo Penta compatível e a Boston Scientific inclui opções em parte do portfólio.

Mesmo quando o conjunto é compatível, o serviço de imagem deve seguir o protocolo técnico do fabricante. Apresente sempre a carteirinha do aparelho e solicite o protocolo antes do procedimento.

Alternativas quando a RNM não é viável

Tomografia computadorizada e mielotomografia são alternativas úteis para avaliar a coluna e a medula espinhal quando a RM não pode ser feita.

  • Verificação completa: gerador + eletrodo + extensões.
  • Leve a documentação do aparelho ao serviço de imagem.
  • Consulte o médico antes de agendar o exame.
ExameQuando indicadoObservação prática
Ressonância magnéticaPreferida para tecidos molesSomente com protocolo do fabricante e documento do aparelho
Tomografia computadorizadaAlternativa rápidaÚtil se RM não autorizada
MielotomografiaDetalhe de canal vertebralBoa opção quando RM contraindicada

Se tiver dúvidas, peça orientação ao seu médico e consulte material técnico do fabricante. Estudos e recomendações clínicas estão disponíveis, por exemplo, nesta revisão: compatibilidade e segurança em RM.

Ajustes, programação e vida com o estimulador no dia a dia

O controle do estímulo é feito de forma dinâmica, permitindo respostas rápidas às flutuações da dor. Após a ativação, os ajustes ocorrem por telemetria com o médico e também pelo próprio usuário, que alterna programas predefinidos.

Alguns geradores (por exemplo, Medtronic Restore Sensor e Intellis) usam acelerômetros. Eles mudam automaticamente a intensidade conforme a posição do corpo — deitado, inclinado ou em pé — para manter conforto e estabilidade do alívio.

Telemetria e controles pessoais

O paciente recebe um controle ou app para aumentar ou reduzir intensidade e trocar programas. Relatar efeitos e preferências ajuda a equipe a otimizar o tratamento.

Atividades e limitações

Atividades físicas são possíveis com cautela. Evitar impactos diretos sobre o aparelho e exercícios de contato intenso é prudente.

  • Evitar portais com campos magnéticos fortes, colchões magnéticos e radiofrequência terapêutica sem avaliação.
  • Portar o cartão do dispositivo e identificar o sistema facilita abordagens em aeroportos e serviços.
  • Integrar terapia ocupacional melhora ergonomia e autonomia nas tarefas diárias.

“O estimulador é parte do plano de tratamento; exige uso responsável, acompanhamento e educação familiar.”

AspectoRecomendaçãoPor que
ViagensLevar cartão e informar segurançaEvita retenção e facilita exames
EsportesPreferir atividades sem impactoProtege o aparelho e a cicatriz
MonitorizaçãoAgendar ajustes por telemetriaMelhora controle da dor e personalização

Bateria, recarga e troca do gerador ao longo dos anos

Saber como funciona a recarga e a troca do gerador ajuda a evitar interrupções no alívio da dor. A escolha entre baterias recarregáveis e não recarregáveis impacta a longevidade do aparelho e a rotina do usuário.

Geradores não recarregáveis duram em média 2 anos, podendo chegar a 7 em modelos mais eficientes. Já os recarregáveis costumam funcionar de 4 a mais de 10 anos, dependendo dos parâmetros de uso e da intensidade da estimulação.

Recarregar em casa: rotina prática

A recarga é feita por bobina transcutânea. Sessões costumam durar cerca de duas horas e podem ser feitas em casa.

Posicione a bobina sobre o local do aparelho e mantenha-se confortável. Muitos usuários escolhem um horário fixo para integrar a recarga sem atrapalhar o dia a dia.

Quando trocar o gerador e como é o procedimento

Planeje a substituição ao detectar sinais de baixa carga ou perda gradual do benefício. Agendar com antecedência evita interrupção do tratamento.

O procedimento de troca normalmente reabre a loja do gerador, substitui o aparelho e, se necessário, usa adaptadores para manter compatibilidade com o eletrodo existente. O tempo cirúrgico costuma ser curto — cerca de 30 minutos — e pode ser feito com anestesia local.

“A bateria é parte do sistema: discutir opções com a equipe garante solução segura e contínua.”

  • Comparação: recarregável = maior longevidade; não recarregável = troca mais frequente.
  • Rotina: recargas ~2 horas, em casa, com bobina bem posicionada.
  • Troca: procedimento rápido, recuperação com cuidados simples no curativo.
AspectoRecarregávelNão recarregável
Duração média4 a >10 anos~2 anos (até 7 em modelos novos)
Rotina de recargaSessões transcutâneas ~2 horas em casaSem recarga; troca cirúrgica quando esgota
Procedimento de trocaSubstituição opcional após anos; uso de adaptadores possívelTroca similar quando bateria esgotada
Tempo do procedimento~30 minutos (anestesia local possível)~30 minutos (anestesia local possível)

Guarde sempre a documentação do aparelho e contatos do suporte técnico. Discuta opções de garantia e cobertura com a equipe antes do procedimento para manter o sistema e o estimulador funcionando ao longo do tratamento.

Riscos, complicações e taxas de eficácia no contexto atual

Toda intervenção traz potencial de complicações; entender números e sinais de alerta ajuda na decisão. Dados recentes mostram que eventos adversos podem ocorrer em até 40% dos casos.

Complicações cirúrgicas e de hardware: o que observar

Riscos cirúrgicos incluem infecção, hematoma, fístula liquórica em acesso percutâneo e, raramente, lesão neurológica.

Sintomas que merecem contato imediato: febre, aumento súbito da dor, secreção no curativo ou perda abrupta do efeito.

Falhas de hardware podem apresentar migração do eletrodo, fratura de cabo, falha do gerador ou alta impedância.

Redução de riscos com equipes experientes e seguimento especializado

Equipes treinadas reduzem complicações por meio de técnica cirúrgica refinada, monitorização e seguimento ativo.

Programação regular, revisões técnicas e suporte do fabricante (por exemplo, Boston Scientific) minimizam o impacto de falhas.

Evidências de eficácia e reversibilidade do sistema

Taxas de sucesso relatadas variam entre 50% e 70% quando há seleção criteriosa e período de teste prévio.

O sistema é reversível: pode ser desligado ou explantado por médicos experientes, embora a fibrose epidural torne a retirada mais técnica em alguns casos.

“A escolha cuidadosa do caso e o seguimento contínuo são determinantes para melhores resultados.”

  • Principais sinais: febre, dor crescente, saída de secreção.
  • Falhas: migração, fratura, perda de contato elétrico.
  • Quando considerar outras opções: casos complexos de dor ligada a nervo periférico podem exigir estratégias adicionais, inclusive discussão sobre estimulação cerebral profunda em protocolos selecionados.
AspectoImpactoAção
Complicações cirúrgicasaté 40% (variável)avaliação precoce e tratamento médico
Falha de hardwaremigração/fratura/falhareprogramação ou revisão cirúrgica
Eficácia50–70% com seleçãotrial e seguimento especializado

Se tiver dúvidas, consulte o Dr. responsável para discutir risco, benefícios e o melhor caminho no seu caso.

Neuromodulação no cuidado multidisciplinar da dor e quando considerar DBS

Neuromodulação faz parte de um plano amplo que une reabilitação, educação em dor e suporte psicossocial. Equipes integradas avaliam objetivos funcionais e definem quais tipos de estimulação melhor atendem cada caso.

Fisioterapia e terapia ocupacional são pilares após o implante. A fisioterapia foca mobilidade, força e controle postural. A terapia ocupacional trabalha adaptações, ergonomia e atividades diárias para ganho funcional sustentado.

Diferenciando estimulação medular e estimulação cerebral profunda

São tecnologias com indicações distintas. A estimulação cerebral profunda (DBS) é opção em doenças do movimento, como distonia grave e Doença de Parkinson refratária, quando condutas farmacológicas falham.

DBS pode melhorar função motora em casos selecionados, mas não substitui a estimulação medular voltada ao controle da dor. A escolha depende do objetivo terapêutico, da doença de base e do perfil do paciente.

“Cada tipo de estimulação é uma opção dentro de um espectro terapêutico; a decisão é personalizada e multidisciplinar.”

AspectoEstimulação medularEstimulação cerebral profunda (DBS)
Indicação principalModulação da dor crônicaDoenças do movimento refratárias
ObjetivoReduzir percepções dolorosas e melhorar funçãoMelhorar controle motor e reduzir sintomas motores
Pós-operatórioFisioterapia e terapia ocupacionalReabilitação neurológica e ajustes específicos
Exemplo clínicoNeuropatia diabética com dor intensaDistonia grave sem resposta a medicação

Documentação técnica (por exemplo, materiais da Boston Scientific) lembra que dispositivos exigem prescrição e seguem IFU. Essas informações orientam, mas não substituem avaliação médica.

  • Integre reabilitação e suporte psicológico ao tratamento.
  • Considere DBS apenas em centros especializados e casos selecionados.
  • Alinhe expectativas e plano com a equipe antes de qualquer decisão.

Próximos passos e suporte ao paciente: acesso, planos de saúde e consulta

Para avançar no cuidado, é fundamental organizar documentos e alinhar expectativas antes da consulta. Reúna exames de imagem, lista de medicamentos, histórico de procedimentos e terapias já tentadas.

Como preparar sua consulta e documentação do aparelho

Leve relatórios, laudos e a documentação do aparelho sempre com você. Esses papéis aceleram avaliações, emergências e autorizações de exame.

No consultório, discuta expectativas de alívio, opções de marca, suporte técnico e procedimentos de troca do gerador. Pergunte sobre compatibilidade com exames e programas de acompanhamento.

  • Organize exames em ordem cronológica.
  • Tenha lista atualizada de medicamentos e alergias.
  • Guarde carteirinha e manual do dispositivo em local acessível.

Agendamento rápido com especialista em dor

Planos e vias de acesso variam; confirme cobertura, prazos e documentos exigidos pelo plano saúde. Consulte a lista de procedimentos obrigatórios e autorizações na ANS: cobertura e prazos.

“Organização reduz ansiedade e acelera o acesso ao tratamento.”

Para agendar uma avaliação com a Dra. Camila Lobo e esclarecer dúvidas sobre acesso, plano saúde e seguimento, Agende agora: consulta rápida com especialista.

Conclusão

Há opções atuais e comprovadas que podem melhorar a qualidade de vida de quem vive com dor crônica.

Dados mostram eficácia entre 50% e 70% quando há seleção cuidadosa e trial. O sistema moderno é personalizável, reversível e se integra a um plano multidisciplinar.

Marcas com suporte no Brasil oferecem recursos avançados e condições específicas para exames por imagem.

, Se deseja avaliar benefícios reais para seu caso, agende uma consulta com a Dra. Camila Lobo: https://form.respondi.app/IUmkgEkg.

FAQ

O que é o procedimento de colocação de eletrodo na medula espinhal e para quem ele é indicado?

É uma terapia de neuromodulação que usa um sistema composto por eletrodos e gerador para reduzir dor crônica refratária. Indica-se em dores neuropáticas, pós-cirurgia da coluna (FBSS), síndrome de dor regional complexa (CRPS), radiculopatias persistentes e neuropatia diabética quando tratamentos conservadores falharam.

Como a estimulação da medula espinhal reduz a sensação de dor?

Age por modulação de vias de dor: teoria das comportas, ativação de circuitos GABAérgicos e alteração do processamento nociceptivo. A estimulação interfere na transmissão dos sinais dolorosos da medula ao cérebro, promovendo alívio sem depender de analgésicos sistêmicos.

Quais são os modos de estimulação disponíveis e qual é a diferença entre eles?

Existem modos tônico, BurstDR, HF10 (alta frequência), high dose e DTM-SCS (sem parestesia). Modos diferem em frequência, padrão e presença de parestesia. Alguns visam alívio sem sensação elétrica; outros produzem leve sensação dependendo do objetivo clínico.

Como é feita a seleção do paciente e o período de teste (trial)?

Primeiro vem avaliação multidisciplinar com especialista em dor. Em seguida realiza-se teste com eletrodos temporários e gerador externo por alguns dias. Se a redução de dor e ganho funcional forem satisfatórios, procede-se ao implante definitivo.

Quais técnicas cirúrgicas existem e qual o tempo de recuperação inicial?

Técnicas incluem acesso percutâneo e técnica aberta minimamente invasiva com monitorização neurofisiológica. Procedimentos podem ser feitos sob anestesia local com sedação ou geral. Recuperação inicial costuma ser rápida; retorno às atividades leves em dias a semanas, conforme orientação médica.

Que modelos de eletrodos estão disponíveis e quando cada um é indicado?

Há eletrodos em placa (2×8, 5-6-5, pentapolar, até 32 polos) e tipos tubulares percutâneos. Escolha depende da área a ser coberta e do padrão de dor. Dispositivos com maior número de polos permitem programação mais refinada.

Quais marcas estão disponíveis no Brasil e há diferença entre elas?

Marcas com presença nacional incluem Medtronic, Abbott (St. Jude), Boston Scientific e StimWave. Diferenças referem-se a design de eletrodos, modos de estimulação, vida útil de geradores e suporte ao paciente. Importa verificar compatibilidade entre componentes e suporte pós-venda.

Posso realizar ressonância magnética com o sistema implantado?

Depende do modelo do gerador e dos eletrodos. Muitos fabricantes fornecem protocolos para RNM condicional; é essencial seguir as instruções do fabricante e comunicar o centro de imagem. Como alternativa, exames por tomografia podem ser usados quando houver restrição.

Como são os ajustes e a programação após o implante?

A programação é feita por médico com software dedicado; envolve escolha de polos, amplitude e frequência. Pacientes recebem controles de telemetria para ajustar níveis dentro de limites. Estratégias específicas consideram posição corporal para manter alívio em diferentes atividades.

Quais limitações na rotina devo esperar com o estimulador?

Em geral permite vida ativa, mas recomenda-se cuidados com esportes de impacto, detectores de metal e procedimentos com radiofrequência. Seguir orientações do fabricante reduz risco de interferência ou deslocamento do hardware.

Como funciona a bateria e quando é necessária a troca do gerador?

Existem geradores recarregáveis e não recarregáveis. Recarregáveis exigem rotina de recarga, mas têm maior durabilidade; não recarregáveis requerem troca cirúrgica após esgotamento. A troca é procedimento planejado e rápido, considerando compatibilidade com eletrodos.

Quais são os principais riscos e complicações associados ao procedimento?

Riscos incluem infecção, migração de eletrodo, falha de hardware, dor local e raras complicações neurovasculares. Equipes experientes e seguimento próximo reduzem eventos. Sistemas são reversíveis, permitindo remoção se necessário.

Qual a taxa de eficácia esperada e existe evidencia científica atual?

Estudos mostram redução significativa da dor em muitos pacientes, com benefício funcional. Eficácia varia conforme indicação, técnica e seleção adequada. Revisões recentes suportam uso em dores neuropáticas refratárias e em protocolos com trial pré-implante.

Como a neuromodulação se integra ao tratamento multidisciplinar da dor?

Faz parte de um plano que inclui fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia e manejo farmacológico. Em casos selecionados, diferencia-se de estimulação cerebral profunda (DBS), indicada para outras condições neurológicas.

O que devo levar na consulta e como solicitar cobertura pelo plano de saúde?

Leve histórico médico, exames de imagem e laudos anteriores. Para plano de saúde, são necessários relatórios que comprovem falha de tratamentos conservadores. O especialista orientará sobre documentação e caminhos para autorização.

Há suporte contínuo após o procedimento e como agendar retorno com especialista?

Sim. Fabricantes e centros especializados oferecem suporte técnico e clínico. Agendamento de retorno é feito com o especialista em dor para ajustes e acompanhamento funcional. Contato rápido facilita manejo de dúvidas e eventos.
Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

Dra. Camila Lobo

Especialista em Dor

Médica Intervencionista em Dor atuando nos melhores centros médicos de São Paulo e, atualmente, também em Belém.
Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
Dra Camila está constantemente contribuindo com palestras, congressos e publicações em livros e artigos.
Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

Dra. Camila Lobo - Latin American Pain Society

Dra. Camila Lobo

Especialista em Dor

Médica Intervencionista em Dor atuando nos melhores centros médicos de São Paulo e, atualmente, também em Belém.
Ministra cursos para auxiliar na formação de outros médicos (Neurocirurgiões, ortopedistas e anestesistas) na área do tratamento da Dor.
Dra Camila está constantemente contribuindo com palestras, congressos e publicações em livros e artigos.
Além disso, tem título Internacional junto ao Instituto Mundial da Dor, sendo a mulher mais jovem do mundo a obter o título mundial de intervenção em Dor guiado por Ultrassonografia. É integrante da diretoria da Sociedade Latino-Americana da Dor, além de integrar a Coordenação de comitês dentro da SBDE (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) e da LAPS (Sociedade Latino-Americana de Dor).

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